Comparações tão diretas deixam de lado o fato de que tudo é relativo. Portanto, mais do que cotejar apenas os atributos técnicos de cada sistema, é mais proveitoso analisar a oportunidade de uso e a criatividade na aplicação dos rótulos, para deles obter o melhor resultado em termos de visibilidade, poder de atração e estímulo ao desejo de compra. Com esse foco, tem estado em pauta, nos mais diferentes ambientes, a comparação de sistemas de rotulagem em geral e, com maior intensidade, de auto-adesivos e termoencolhíveis, deixando subentendido que são excludentes. [button size=”large” align=”center” link=”https://www.equipgraf.com.br/flexografia/maquina-flexografica-a-venda/” color=”red”]MÁQUINA FLEXOGRÁFICA À VENDA. CLIQUE AQUI![/button] É verdade que, embora haja espaços que só podem ser ocupados por um dos tipos de rotulagem e outros em que ambos coexistem num mesmo produto, em muitas categorias os dois sistemas se confrontam. O bom senso sugere que a escolha seja feita levando-se em consideração, fundamentalmente, as funções básicas do rótulo, que são atrair e informar o consumidor, além de reforçar a imagem de marca do produto – isso dentro de cada projeto específico, e não seguindo regras gerais. A questão pode ser resumida em uma palavra: adequação, nela incluídos o equilíbrio de custos e a escolha correta de materiais e de equipamentos de aplicação. “O debate sobre a escolha de uma ou outra tecnologia faz parte da etapa inicial do projeto”, diz Cláudia Takahashi, gerente de contas da Uniflexo, uma das poucas gráficas brasileiras convertedoras dos dois tipos de rótulos. A importância do estudo Corroborando essa colocação, Ricardo Chorovicz, diretor comercial da STM Máquinas, traz à pauta uma pequena lição: “Os problemas mais comuns na rotulagem com termoencolhíveis se devem à falta de um estudo, no início, sobre o tipo de equipamento que vai ser usado no final. Muitas vezes uma simples modificação na matriz de um frasco soprado, em sua base, facilita a fixação do rótulo no momento da termocontração, e evita que se eleve no túnel, causa comum de rugas e distorções.” Tais aspectos técnicos nem sempre são levados em conta. Em sua argumentação vendedora, alguns dos defensores de cada um dos sistemas – sintomaticamente, convertedores e fornecedores das respectivas matérias-primas e dos equipamentos – muitas vezes deixam de colocar sobre a mesa essa questão essencial. Se a cor ou a ausência de cor de uma bebida, por exemplo, é um de seus grandes chamarizes no ponto-de-venda, certamente será mais adequado aproveitar ao máximo a transparência da garrafa, aplicando um rótulo de pequenas dimensões ou mesmo um auto-adesivo totalmente transparente, do tipo no-label look. “O material com auto-adesivo dá a idéia de produto mais nobre”, diz Fábio Braga, diretor de marketing da Braga Produtos Adesivos, fábrica de produtos laminados em diferentes materiais para rotulagem. Ele argumenta: “Os recursos desse sistema são muito amplos, dada a grande variedade de materiais que podem ser usados na produção, como filmes de BOPP, PE, PET, papel semi e alto brilho, papéis com relevo ou textura. Filmes transparentes permitem visualizar o produto dentro da embalagem. É possível ainda aplicar tintas especiais que mudam de cor conforme a temperatura, agregar diferentes tecnologias de impressão, como silk screen, hot stamping, alto relevo, holografia, offset, letterpress.” Na opinião de Braga, “em termoencolhíveis os recursos são mais limitados, e os resultados, insatisfatórios, como o acabamento ruim tanto no fundo como no gargalo do frasco, além de não permitir visualizar o produto que está dentro”. Maria Regina Nouer, gerente de negócios da Klöckner Pentaplast do Brasil, relativiza essa opinião. “Hoje”, ela destaca, “encontramos no Brasil convertedores de termoencolhíveis que trabalham com flexografia, rotogravura, offset, cold foil, hot stamping, enfim, com vários tipos de impressão, muitas vezes combinando sistemas.” Maria Regina relembra em seguida, entre os benefícios do termoencolhível, a possibilidade de utilização de 360 graus para impressão, o que otimiza o aproveitamento da embalagem como mídia. A executiva sustenta que “o envolvimento total do recipiente, seja assimétrico ou não, permite minimizar possíveis imperfeições do frasco, como impurezas no processo de fabricação, além de realçar o brilho da embalagem”. Este ganho se deve ao fato de a impressão do filme ser feita na parte interna, de modo que a arte fica protegida, beneficiando-se do brilho do material. Nobreza nas duas vias Argumentos à parte, como lembra João Lukosevicius, da Texxud, agente da Raflatac no Brasil, “o fato é que o rótulo auto-adesivo permite acabamentos muito mais sofisticados, o que o torna apropriado para produtos nas categorias premium e super premium”. Não significa, claro, que o termoencolhível não tenha espaço nesses segmentos. Mais uma vez, os limites podem ser superados com criatividade. Retomando-se o tema da adequação de uso, se uma garrafa de bebida ganha com um rótulo transparente, como citado no exemplo, é visível que um pote com baixo valor agregado para iogurte líqüido se transforma numa embalagem extremamente atraente quando revestido com uma manga termoencolhível, brilhante, impressa em policromia. “O termoencolhível agrega valor no aspecto visual, tem alto brilho, evidencia contornos da embalagem, permite maior quantidade de informações”, observa Alessandro Carlo Angeli, diretor da Baumann Thermofilms. “Além disso, o sistema gera economia em masterbatches e viabiliza o uso de materiais menos nobres para o frasco, reduzindo custos.” Sendo a embalagem, e em última instância o rótulo, o derradeiro apelo de venda possível, acelera-se a busca por apresentações diferenciadas e cada vez mais sofisticadas, impulsionando a indústria de rótulos em várias frentes, com destaque para os sistemas aqui abordados, que crescem na casa dos dois dígitos. Neste aspecto, os números, como em geral ocorre nas estatísticas disponíveis no país, não são muito seguros, mas na área de termoencolhíveis a projeção de crescimento para 2005 gira em torno de 30%. No campo dos auto-adesivos, Umberto Giannobile, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Etiquetas Adesivas (Abiea), arrisca um prognóstico de crescimento mínimo de 10%, “na base do feeling”. Mas exatamente “para fugir do chutômetro”, ele revela que a entidade está contratando um instituto de pesquisa para, no ano que vem, dimensionar com o máximo possível de precisão o mercado e o potencial de desenvolvimento do setor. Não obstante a falta de dados, é possível perceber, em consultas a empresas relacionadas com os dois segmentos, que, longe de um engolir o outro, há amplo campo para o crescimento de ambos. O auto-adesivo, já mais consagrado, está distante de ter explorado todo o seu potencial de expansão, enquanto o termoencolhível, até por ser mais incipiente, mostra grande força – não só no Brasil, mas no mundo todo. Fonte: EmbalagemMarca]]>

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